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quarta-feira, 16 de março de 2016

Avaliação de Filosofia – Tópicos em Filosofia Medieval

          Estava eu no quarto ano do curso de Filosofia da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), olhando que opções eu teria dentro das disciplinas eletivas. Havia sido reprovado de forma injusta um ano antes em Tópicos em Filosofia Moderna, onde elaborei um trabalho sobre Hanna Arendt, que modestamente ficou muito bom. Mas enfim, fui reprovado por outras questões que não vem ao caso.
          Sempre fui avesso a Filosofia Medieval, uma aversão preconceituosa de certa forma. Olhando a grade de disciplinas eletivas, estavam a minha disposição duas disciplinas: Tópicos em Filosofia Moderna, mas teria o problema de cursar novamente com o mesmo professor, ou me aventuraria em Tópicos em Filosofia Medieval, ao qual já fazia um prejulgamento negativo. A dúvida permaneceu por alguns minutos, foi quando a professora de Tópicos em Filosofia Medieval passou pelo corredor, parou ao meu lado, e me convidou para cursar a disciplina ministrada por ela. Fez um convite de forma solícita e carinhosa, o que me levou a estudar o Medievo, a Idade das Trevas.  Nunca tinha tido aula com a tal professora, nem mesmo tinha amizade, ou algum tipo de conversa, mas fui prontamente para a sala de aula estudar “A DOUTA IGNORÂNCIA” do filósofo Nicolau de Cusa, um filósofo do qual não tinha o menor conhecimento, jamais tinha ouvido falar.
          Arrumando as coisas na minha casa (as minhas tralhas), entre letras de canções, achei uma avaliação da disciplina citada acima, e achei interessante a pergunta feita na avaliação, e me surpreendi com a resposta, pois a letra é minha, mas olho hoje, e tenho a sensação de que era outra pessoa, enfim, coisa de maluco. Compartilho com vocês agora a dita pergunta e a dita resposta:

    Explique a “regra da desproporção” em Nicolau de Cusa, repetida de diferentes maneiras:

A forma de apreensão, de formulação de conhecimentos objetivos, se dá através de meios comparativos (o contraditório) e proporcionais. Para Nicolau de Cusa, o conhecimento é a explicação da própria mente humana, mente esta que possui suas estruturas de apreensão do conhecimento, conhecimento este feito por mensurações e enumeração (pressupostos para o conhecimento científico moderno).
          Nicolau de Cusa parte de conhecimentos simples para conhecimentos complexos, parte do que é proporcional para o desproporcional. A matemática fonte de conhecimentos exatos, é usada por ele para adentrar nos conhecimentos inexatos, pois a única forma de se aproximar do conhecimento desproporcional é através de símbolos, pois o desproporcional não é discursivo, e a simbologia matemática é o mais próximo que se poderia chegar deste conhecimento.
          O homem é finito, não tendo a capacidade de vislumbrar de forma total o que é desproporcional, mas podendo inferir a partir do proporcional o desproporcional.

          O máximo absoluto é aquilo que é a complicação de todas as coisas, e ao se contrair daria origem a tudo que existe, então, através daquilo que é desproporcional podemos afirmar que um círculo é um triângulo, e que este é um quadrado, pois tudo é UNO, o que há são movimentos enganosos, ou quem sabe, movimentos baseados na proporcionalidade que dão a ideia de pluralidade.

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