No ano que passou foi me dada a oportunidade de lecionar na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio "Pedro Bezerra Filho", para mim foi motivo de satisfação e orgulho, pois foi neste educandário que aprendi a rabiscar as primeiras letras, foi onde me apaixonei pela primeira vez, onde surgiu os primeiros amigos, as primeiras namoradas. A Escola "Pedro Bezerra Filho" foi e é muito importante na minha vida. Por tudo isto que acabei de explanar, lecionar naquela instituição, não era o simples fato de ter um trabalho, mas a chance de retribuir uma parte do que recebi, era a chance de está em contato com espíritos jovens, o que particularmente me faz muito bem. Cheguei a lecionar 42 aulas semanais , que é um número exarcebado de aulas, mas que para mim naquele momento era algo altamente prazeroso. Foi muito bacana ver aquela rapaziada fazendo perguntas a mim, pergunta estas que também fiz aos meus professores, não eram só questionamentos sobre a disciplina, mas questionamentos sobre a vida, dúvidas comuns, principalmente quando se é adolescente.
Sempre ouvia comentários de alguns professores e até de pessoas da comunidade, que sempre diziam que os alunos de hoje não são iguais aos alunos de ontem, que os alunos de hoje não querem nada, que são desinteressados e outras coisas mais que são de praxe.
Queria dizer que esta vida é uma vida de aprendizado, querendo ou não estamos sempre aprendendo, pois temos esta faculdade. O simples fato de acordar, andar, conhecer pessoas já é um aprendizado. Esta vida é uma escola e todo ser humano sempre quer algo.
Aquilo que nos dá prazer, aprendemos sem muito esforço, já aquilo que não nos interessa temos dificuldade de aprender, e quando o conhecimento é imposto, principalmente quando se é adolescente, causa reação contrária. A escola em sua grande maioria tornou-se obsuleta, e que me desculpem meus colegas professores, a grande maioria de nossa classe também. Realmente o jovem de hoje não é igual ao de ontem, e ainda bem, o mundo é outro, os costumes também, o mundo é movimento, nada fica parado, e os alunos é que não ficam mesmo. Sei que as condições oferecidas pelo estado aos professores não é a ideal, e isto vai desde a estrutura ao salário, um dos mais baixos do mundo, mas isto não é justificativa para naõ se tentar dar um boa aula, achar uma forma de estar mais próximo do alunado, até porque quando se ingressa na carreira discente, sabemos de todas estas dificuldades.
A maioria dos professores estudam Paulo Freire, mas não conseguem colocar as idéias "FREIRENAS" em prática, o que se ocorresse já melhoria muito o nosso ensino.
A maioria dos professores estudam Paulo Freire, mas não conseguem colocar as idéias "FREIRENAS" em prática, o que se ocorresse já melhoria muito o nosso ensino.
Por outro lado queria também ressaltar que os professores trabalham em condições não muito propícias, com salários baixíssimos, mas mesmo assim existem alguns que tem preocupação com o ensino, e para estes "eu tiro o meu chapéu".
Só se pode cobrar empenho, quando se é empenhado, só se pode cobrar responsabilidade quando se é responsável, só se pode pedir moral, quando se tem, pois se isto não acontece, o discurso não condiz com a prática, e que me desculpe mais uma vez meus colegas professores, a grande maioria de nossa classe não faz isto. Ser educador é uma arte, e como toda arte, precisa-se de talento, jeito, dom. Professor é profissão, educador não, ou você é ou não. O aluno reconhece o bom é o mal professor, então caro amigo, você está se enganando.
Só se pode cobrar empenho, quando se é empenhado, só se pode cobrar responsabilidade quando se é responsável, só se pode pedir moral, quando se tem, pois se isto não acontece, o discurso não condiz com a prática, e que me desculpe mais uma vez meus colegas professores, a grande maioria de nossa classe não faz isto. Ser educador é uma arte, e como toda arte, precisa-se de talento, jeito, dom. Professor é profissão, educador não, ou você é ou não. O aluno reconhece o bom é o mal professor, então caro amigo, você está se enganando.
Antes de perguntar aos alunos o que eles querem, pergunte a você mesmo caro professor, o que você quer?
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